Serasa, órgão de proteção ao crédito, realizou uma pesquisa, recentemente, sobre o comportamento dos brasileiros em relação a shows, em parceria com o instituto Opinion Box. Neste estudo, foi compreendido que 7 em cada 10 brasileiros que vão a shows afirmam que o maior valor pago para assistir a um deles foi de R$ 300. Enquanto 70% dizem que não pagariam mais do que esse valor em um ingresso. Além disso, no Brasil, 62% das pessoas têm o costume de ir, pelo menos uma vez ao ano, a shows de artistas nacionais.

No total, 1.398 pessoas foram entrevistadas para entender como os consumidores se organizam para estar em shows e festivais. O estudo ainda confere outros custos que ocorrem em idas a shows. Nesse sentido, Serasa identificou que os fãs gastam uma média de até R$ 200 por concerto em alimentação e bebidas.

Em caso de shows em cidades distantes, há gastos por fora, como de alimentação, hospedagem e gasolina ou passagens. De acordo com a análise, os gastos totalizam uma média de até R$ 1.000 por pessoa.

Mais de 50% dos brasileiros se planejam financeiramente para shows

Outra informação relevante é que 56% dos brasileiros realizam planejamento financeiro para aproveitar shows e festivais de música e 27% se programam para ir a shows internacionais. Inclusive, 46% costumam poupar ou investir algum dinheiro para destinar a esses gastos. Apesar desse preparo, 6 em cada 10 pessoas têm o costume de comprar os ingressos menos de um mês antes da data do show.

Clara Aguiar, especialista em educação financeira da Serasa, aconselha não agir por impuslso. “Temos acompanhado um volume significativo de artistas e bandas retornando aos palcos depois da pandemia e, paralelo aos anúncios, novos gastos dos fãs que se encontram cada vez mais ansiosos para participar desses reencontros. Dessa forma, para quem gosta de frequentar shows o ideal seria já reservar uma parcela do orçamento a esse tipo de realização para não ser surpreendido ou agir por impulsos.”

Fãs preferem parcelar ingressos apenas sem juros

A Serasa também aponta que a maioria do público fã de música prefere comprar ingressos no cartão de crédito e busca opções de parcelamento sem juros. A forma mais procurada pelos consumidores é o cartão de crédito, com 48%, e atrás, está transferência via Pix.

Entre aqueles que compram com cartão, 59% afirmam que parcelam apenas se encontram opções sem juros nos sites de venda. Sobre isso, Clara sugere que as pessoas criem uma planilha para ter um controle dos gastos.

O parcelamento pode ser uma boa ferramenta de organização financeira se adotado com planejamento e consciência. Para evitar aquela bola de neve ao se enrolar com as várias parcelas, o consumidor pode utilizar uma planilha para anotar todos os gastos – com shows e outros segmentos – e organizar os valores ao longo dos meses.”

Em meio a isso, nas últimas semanas, Ludmilla e Ivete Sangalo cancelaram suas respectivas turnês que estava com ingressos à venda e datas espalhadas por diversas cidades no Brasil. As artistas culparam a 30e por problemas estruturais, mas, por outro lado, a produtora disse que, ao menos no caso de Ivete, houve problema de demanda e sugeriu realocação dos espetáculos para lugares menores, mas não houve resposta.

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Sou do Rio de Janeiro, tenho 28 anos e provavelmente estou na praia ouvindo alguma playlist de verão.