O show MAÑANA SERÁ BONITO de Karol G, em São Paulo, definitivamente, não foi um show qualquer da turnê. A artista colombiana não poupou esforços para mostrar que transformou o espetáculo, que tem acontecido em estádios, para o público brasileiro.

O show, que, a princípio, aconteceria no Espaço Unimed, para 8 mil pessoas, foi trocado para o Centro Esportivo Tietê e teve lotação máxima, com um público de 13 mil. Claro que não se compara ao público de 60 mil que a artista colombiana recebe em outros países da América Latina, na América do Norte e na Europa.

Tanto é que boa parte dos fãs presentes não era apenas do Brasil, mas nossos vizinhos, uruguaios, argentinos, paraguaios e bolivianos, que estavam em peso na cidade de São Paulo.

É importante mencioná-los porque o show de abertura, do DJ AGUDELO888, teve muito reggaeton de Feid, Bad Bunny e muitos outros artistas que não são tão fortes entre os brasileiros, mas muito famosos nos demais países da LATAM. Então, esses fãs aproveitaram e muito o show de abertura que foi, praticamente, voltado para eles.

O esforço de viajar longa distância e ultrapassar fronterias teve um único objetivo: assistir Karol G de perto, o que é muito difícil de conseguir nos shows que acontecem em estádios, com ingressos mais caros e por causa da dimensão dos lugares.

Essa combinação de público esteve na MAÑANA SERÁ BONITO, tour que celebra o amor entre as pessoas e a força das mulheres em acreditar que são capazes do que quiserem fazer.

É inegável que Karol G estava determinada a conquistar o público brasileiro, algo que foi dito pela cantora em diversas entrevistas antes do show. Tanto que o evento teve como público-alvo as brasileiras e os brasileiros.

Em relação às adaptações na tour, podemos começar falando da remoção de “A Ella”, do álbum Unstoppable, de 2017, o que resultou na adição de momentos brasileiríssimos no palco e mais música no setlist.

Por exemplo, a inclusão de “Don’t Be Shy” de Karol G e Tiësto, parceria da dupla que atingiu a posição 10 no Top 100 Airplay do Brasil, entre 2021 e 2022, no chart semanal. A colaboração ainda é certificada 2 vezes Platinum, o que significa que vendeu mais de 80 mil cópias no país, segundo o Pro-Música Brasil.

Antes desse momento, Karol G fez o que geralmente acontece na turnê, colocou os dançarinos para quebrar tudo ao som do seu remix de “Tá OK“. O público se perguntava, mas ela não vai aparecer para cantar essa, logo no Brasil?

Karol G voltou ao palco e começou a música com a participação do Kevin O Chris e do DENNIS, que depois tocou um set repleto de funk, teve até “Deixa de Onda“, colaboração de Dennis, Ludmilla e Xamã. Para quem? Para os brasileiros, que foram à loucura, bem mais do que durante o show de abertura.

E é claro que o show da MAÑANA SERÁ BONITO tem como ficar mais abrasileirado. A artista retorna depois de cantar o hit “MAMIII”, colaboração com Becky G, e performa “En la cara” com Pabllo Vittar, música do Major Lazer, com as artistas.

Pabllo também apareceu no meio do show, sendo a voz da Borboleta, da históra da sereia Carolina, que foi dublada pela drag queen. Pedro Bial narrou a história em português, enquanto os fãs de países hispânicos acompanhavam tudo pela legenda em espanhol.

Não podemos nos esquecer de que Karol G diversas vezes se comunicou em português brasileiro com os fãs. É nítido ver a dedicação da cantora em conquistar os nossos corações, fazendo aulas de 7 até 9 horas de duração para aprender a nossa língua e nos dizer “te amo”.

A fundação da artista, Con Cora, recebeu doações do público em São Paulo, logo na entrada do show, para o Rio Grande do Sul. Todos os vídeos e placas no local estava em nosso idioma. Ambos os exemplos demonstram forma de compaixão e compreensão sobre o nosso país. Sem falar nas roupas personalizadas em verde e amarelo, que nos aproximava ainda mais da Mulher do Ano da Billboard.

Agora, é aguardar o retorno de La Bichota, em setembro, no Rock in Rio, no Rio de Janeiro. No Dia Delas, Karol G já disse que o show será diferente, tendo em vista que a turnê terá terminado e os shows em festivais têm duração menor, mas de algo temos certeza: ela emocionará o público brasileiro e nos fará dançar reggaeton como nunca.

 

 

Sou do Rio de Janeiro, tenho 28 anos e provavelmente estou na praia ouvindo alguma playlist de verão.