A cantora americana Chappell Roan, de 26 anos, experimenta o auge da fama em 2024, com diversos hits nas parada smusicais. Mas, em vez de comemorar essa fase, Chappell tem demonstrado desilusão e desconforto com o lado negativo da fama. O assédio excessivo de alguns fãs a incomoda.

Em uma ocasião perturbadora, uma fã invadiu seu espaço pessoal e a beijou à força em um bar. Em outro incidente, a recusa de um autógrafo levou um fã a criar uma cena que exigiu intervenção policial. Para Chappell, o comportamento desses admiradores lembra uma “energia de ex-namorado abusivo.”

Em um vídeo viral no TikTok, a cantora desabafou sobre essas experiências, chamando o assédio de “assustador” e alertando que, se o comportamento não parar, ela poderia abandonar sua carreira. Assista:

O dilema de ser um ídolo na era moderna

Foto: Dania Maxwell/Los Angeles Times via Getty Images

A situação vivida por Chappell Roan revela o dilema que popstars enfrentam com fãs, um problema que relembra as eras de rock e pop. Desde os excessos da beatlemania nos anos 1960, quando os Beatles precisavam fugir de multidões, até o trágico assassinato de John Lennon por um fã desequilibrado, a idolatria excessiva sempre mostrou um lado perigoso.

Roger Waters (Foto: Reprodução)
Roger Waters (Foto: Reprodução)

Em shows de grandes bandas, como Pink Floyd, também houve episódios extremos, como quando Roger Waters cuspiu em um fã que invadiu o palco. No entanto, os artistas de hoje, principalmente das gerações millennials e Z, têm uma abordagem diferente: muitos priorizam sua saúde mental, o que explica o desabafo de Chappell e de outros artistas que enfrentam questões semelhantes.

Billie Eilish (Foto: Kevin Mazur/Getty Images/Live Nation)

Billie Eilish, uma das cantoras mais premiadas da atualidade, também já relatou situações de assédio. Em sua música “The Diner,” do álbum “Hit Me Hard and Soft,” ela conta a história de um stalker que chegou a invadir a casa de sua família, evidenciando como o fanatismo pode ultrapassar limites e colocar em risco a segurança dos ídolos.

Redes sociais como um novo território de assédio

Atualmente, além do assédio físico, os artistas enfrentam outro tipo de pressão: as redes sociais ampliaram o espaço para críticas e invasões de privacidade. Admiradores que, em teoria, deveriam apoiar seus ídolos, muitas vezes se tornam críticos ferrenhos, fazendo comentários sobre a aparência, o comportamento e até as relações pessoais das celebridades.

Justin Bieber (Foto: Reprodução)
Justin Bieber (Foto: Reprodução)

Essa exposição constante tem levado figuras como Justin Bieber a evitarem a vida pública; ele, por exemplo, já teve problemas com fãs acampados na porta de sua casa em Nova York. Esse tipo de pressão e controle só tem aumentado, destacando as difíceis relações entre fãs e artistas na era digital.

Sou do Rio de Janeiro, tenho 28 anos e provavelmente estou na praia ouvindo alguma playlist de verão.