A Geração Z, criada no mundo do streaming, está descobrindo uma nova paixão por uma tecnologia vintage: as fitas cassete. Essa tendência tem conquistado espaço entre os jovens, que veem na mídia retrô uma alternativa diferente às playlists digitais. As vendas de fitas cassete quintuplicaram nos últimos anos, indicando que o formato voltou para ficar.

Artistas como Taylor Swift, Kendrick Lamar, Billie Eilish e Dua Lipa têm aderido ao movimento, lançando seus álbuns também nesse formato. O revival das fitas segue o sucesso dos vinis, que já haviam sinalizado o retorno do interesse por mídias analógicas.

@hectorlistensto Meet me at midnight 🕛 @Taylor Swift Midnights cassette #taylorswift #midnights #music #fyp #taylorswiftcassette #hectorlistensto🎧 ♬ original sound – Hectorlistensto

Cultura pop e o impulso da nostalgia

Embora a nostalgia seja um fator importante, o interesse maior vem de jovens da era digital. A franquia Guardiões da Galáxia, com cenas de Peter Quill ouvindo músicas em um walkman, despertou a curiosidade desse público. Até o ator Chris Pratt participou da promoção, mostrando o funcionamento do walkman em um vídeo publicado pela Marvel.

Além disso, séries como Stranger Things e 13 Reasons Why aproximaram ainda mais a Geração Z desse universo retrô. A experiência de possuir um item físico, como uma fita cassete, tem um apelo especial que as coleções digitais em nuvens não oferecem.

13 Reasons Why (Foto: Netflix)

Apesar do charme, usar fitas cassete não é uma tarefa simples para os mais jovens. Vídeos no YouTube e redes sociais mostram as dificuldades da Geração Z com tape decks, incluindo como inserir as fitas corretamente.

Stranger Things (Foto: Netflix)

Curiosamente, a tendência tem influenciado até a indústria automotiva, que já considera incluir toca-fitas em novos modelos de carros. Outro efeito inesperado é o aumento no uso de canetas BIC, indispensáveis para rebobinar fitas enroscadas ou danificadas nos aparelhos de som.

Guardiões da Galáxia (Foto: Disney)

A ascensão das fitas cassete é mais do que um simples modismo; ela reflete uma busca por conexão emocional com o passado e um desejo de experimentar algo tangível e único.

Sou do Rio de Janeiro, tenho 28 anos e provavelmente estou na praia ouvindo alguma playlist de verão.