Um dos próximos sucessos da música brasileira será Tília. Cantora, DJ e streamer, iniciou sua carreira em 2021 e acumula parceria com nomes famosos como Kevin O Chris, Mumuzinho e Bruninho e Davi. Com mais de 1 milhão de seguidores, ela já foi indicada no MTV Miaw na categoria “Prestatenção”, além de apresentar o prêmio.
Recentemente, Tília lançou seu novo single “Tudo que a Tília mandar” que é sua estreia como DJ. E claro, já está no sangue: ela é filha de Dennis DJ, produtor que acumula sucessos com Zara Larsson, Anitta, Ludmilla e muito mais. Em entrevista exclusiva, a artista fala sobre suas inspirações, planos para o futuro e a vontade de experimentar novos estilos. Vem conferir!
Seu segundo single como DJ, “Tudo que a Tília Mandar”, já está disponível. Como foi o processo de criação dessa faixa em parceria com MC GW e DENNIS?
GW é incrível, né? Ele é um funkeiro raiz. Meu sonho era ter uma abertura de show na voz dele, e hoje em dia eu tenho. É muito legal essa vertente do funk, onde existem os “cacos”, que é quando você dá o microfone para um MC, solta uma base, e ele fica ali falando várias coisas. Depois, você pega aquele áudio e vai montando várias coisas. Foi assim que eu fiz a abertura do meu show atualmente, e foi assim que saiu “Tudo Que a Tília Mandar”, que é um aquecimento, bem como uma música do Bonde das Maravilhas, para as mulheres dançarem, entende?
Eu, que sou super fã de funk, que amo dançar, adoro essa batida. Em 2010, falei: “Cara, isso tem tudo a ver comigo.”
Estou muito feliz que o GW participou. Meu pai produziu perfeitamente, o deles, né? Ele produziu perfeitamente bem, conseguiu pegar as melhores frases e partes que o GW soltou dessa gravação, e daí saiu. A gente conseguiu construir essa faixa, e eu amo. Estou muito ansiosa para começar a tocar nos shows, chamar a galera no palco. Essa é uma parte que eu quero muito: chamar quem está curtindo o show no palco para dançar.
Você criou a faixa já pensando nesse momento nos shows? Seria um dos pontos altos em suas apresentações!
Sim, por exemplo, na música “Uh, é a Tília”, a galera fica ansiosa porque eu faço uma espécie de concorrência, vendo qual lugar vai gritar mais alto o nome Tília. Agora, com “Tudo Que a Tília Mandar”, eu quero fazer algo parecido, criando essa disputa no palco para ver quem está dançando melhor, entendeu? A gente sempre pensa em como fazer isso durante o show, já que nessas músicas não sou eu cantando, mas tocando, então estou muito empolgada com esse lado de DJ.
Você mencionou que o sucesso de “UH É A TÍLIA” abriu novos caminhos dentro da música. O que mais você descobriu sobre si mesma como artista durante esse processo de transição para DJ?
Eu acho que a música é minha vida, e o funk sempre foi algo que tocou de uma maneira diferente no meu coração. Então, tudo o que envolve funk, música, eu gosto e me interessa. Ser DJ era uma das coisas que comecei a perceber que faltava no Brasil. A gente tem que olhar o que está faltando para conseguir se destacar, né? Percebi que um formato parecido com o do Pedro Sampaio, que canta nas músicas e toca nos shows, além de colocar balé e looks performáticos incríveis, não tinha muitas mulheres fazendo. Foi aí que pensei: ‘Cara, é uma oportunidade onde eu posso entrar, porque não tem muita coisa assim no mercado’.
Mas foi sem querer, viu? A parte estratégica veio depois. No começo, era só curiosidade, eu queria aprender a tocar, apertar os botõezinhos, errar, ficar chateada quando errava… E, quando vi que o público estava abraçando isso, que queriam me ver acertar os botõezinhos, pensei: ‘Caramba, eu posso unir isso e pensar de forma mais estratégica’. Agora, nos meus shows, canto e toco, continuo lançando minhas músicas como cantora, e só estou acrescentando essa vertente de DJ.
Não é só colocar o pen-drive e dar o play na playlist como muitas pessoas pensam…
Ser DJ traz a responsabilidade de animar a pista. Se a música não está funcionando, a gente tem que trocar e sentir o que o público quer ouvir. Nenhum show é igual ao outro, sabe? E as versões das músicas que eu toco também não são iguais. Por exemplo, nos meus shows, é muito raro eu tocar uma versão idêntica à que você ouve nas plataformas de música. Eu penso em trocar um beat, colocar uma vinheta minha, ou misturar com outra música para fazer um remix. Tudo isso é para criar uma experiência única ali, no momento.
Embora eu possa estar tocando uma música diretamente de um pen drive, houve toda uma preparação antes para que aquela música fosse apresentada daquela forma, entende? A gente pensa em tudo: nos efeitos, no conteúdo de LED… Então, não é só apertar o play.
Além de ser DJ, você também é cantora e streamer. Uma verdadeira Barbie profissões. Como você equilibra essas diferentes facetas da sua carreira e o que podemos esperar de cada uma delas no futuro?
Eu amei esse nome! [risos] Tenho também meu lado como streamer, e comecei a fazer lives há um ano. Em agosto, completei um ano nessa nova jornada e conquistei resultados incríveis! Fui a mulher mais assistida na plataforma e alcancei o 8º lugar no ranking brasileiro, em uma enquete onde predominavam os homens. É muito gratificante explorar esse novo mundo e compartilhar minha vida de cantora e DJ com todos vocês. Minhas lives são como um reality show onde mostro tudo o que acontece no meu dia a dia.
Em relação à minha carreira musical, preparei muitas novidades para vocês. Em breve, lançarei novas músicas, em colaborações incríveis com artistas que vocês adoram. Como DJ, continuarei me apresentando em diversos eventos e explorando novas possibilidades. Além disso, tenho muitos projetos para minhas lives. Por exemplo, ontem tive a ideia de fazer uma festa de Halloween na minha live, no dia 31 de outubro. Será muito divertido!
Você acredita que o formato de tocar e cantar ao mesmo tempo em seus shows pode se tornar uma tendência no cenário musical brasileiro?
Eu acho que super pode, né? O que eu falo é sobre o Pedro Sampaio no show. Ele faz isso muito bem, o Pedro consegue criar momentos em que você pensa: ‘Nossa, se eu não conheço ele, preciso ver um vídeo’. Você fala: ‘Nossa, ele é um cantor de verdade!’ porque ele tem presença de palco, ele vai para frente, canta, tem balé, tudo coreografado, ensaios, jogo de luzes, né? Enfim, então eu pretendo fazer algo parecido e acredito que isso possa se tornar algo comum no futuro, abrindo portas para que mais pessoas façam o mesmo, porque é muito legal.
É difícil fazer duas coisas difíceis ao mesmo tempo, mas é possível fazer acontecer e quem sabe até virar uma tendência.
O que o público pode esperar de Tília como DJ nos próximos lançamentos? Há novos projetos ou colaborações em vista que você pode nos contar?
Sou grande admiradora da Gloria Groove e considero seu trabalho um grande destaque na música atual. Gostaria de explorar novos estilos musicais e me inspiro muito em artistas como Ferrugem e Thiaguinho. Acredito que uma fusão de diferentes gêneros musicais poderia resultar em um trabalho inovador. A Anitta e a Ludmilla também são referências importantes para mim e reconheço a influência que tiveram em minha carreira. Sou muito grata a todas essas artistas que me inspiram a cada dia.