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ENTREVISTA: Detonautas fala sobre representar o rock nacional no Rock in Rio, no Dia Brasil; “foi um grande presente”

Foto: Reprodução

A homenagem ao rock nacional está em boas mãos. Em uma conversa animada com Tico Santa Cruz, vocalista do Detonautas, compartilhou suas expectativas e a trajetória que levou a banda a se tornar um dos artistas que fará homenagem no Dia Brasil, no Rock in Rio.

Para Tico, o Rock in Rio não é apenas um festival, mas uma parte significativa da história da banda. “Estamos muito animados para essa nova edição. É incrível pensar que estamos indo para nossa quarta participação no festival, algo que, surpreendentemente, nos coloca em uma posição única – até mais do que a Rihanna em termos de número de apresentações!”, revelou o cantor, com um sorriso no rosto.

O Dia Brasil, marcado para 21 de setembro, promete ser um marco, celebrando o melhor da música nacional com a presença ilustre dos Detonautas. Confira o bate-papo.

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O Rock in Rio é um dos maiores eventos de música do Brasil e do mundo! Como está a expectativa para tocar nesse dia tão especial?

Tico Santa Cruz: A gente fica bastante ansioso pelo festival um festival que movimenta muita coisa, tanto em relação à música quanto de emoção. É uma celebração da música brasileira. Então, o Zé Ricardo, com a equipe deles, produziram uma apresentação no palco mundo onde a cada hora né? Como se fosse um show diferente. Vários artistas representam praticamente ao mesmo tempo. Então é uma dinâmica nova para gente. A gente não fez ainda essa dinâmica junto com os outros cinco artistas que vão estar participando. Será um show diferente.

Vocês estão em turnê no momento com o “Acústico”, então pretendem trazer um pouquinho do show do para o festival ou podemos esperar os grandes hits?

Não. Eu acho que o acústico é uma turnê realmente especial, que está acontecendo em alguns festivais, como foi o caso do João Rock, que já aconteceu, e outros que ainda virão. Mas, nesse caso específico, no dia da Celebração, acredito que o foco será realmente na celebração em si. A expectativa que tenho é que todos venham participar, com os grandes sucessos da banda somando-se aos grandes sucessos dos outros artistas, para fazermos um show onde todo mundo vai cantar todas as músicas do início ao fim.

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E o que significa para vocês representar o rock brasileiro nesse evento tão icônico, especialmente no Dia Brasil, que é uma celebração da música brasileira?

Ah, eu recebi essa notícia e comecei a pular em cima da cama, porque, literalmente, foi como se fosse um presente divino.

Estou vivendo uma fase bastante espiritualizada e acredito que as conexões que fazemos com o universo são retribuídas de maneiras assim. Foi um grande presente, com grandes momentos e grandes oportunidades. Fiquei muito feliz, e todo o Detonautas recebeu essa notícia com muita alegria de poder participar dos 40 anos do festival.

Você imagina que, em 40 anos, esse festival mobilizou milhões de pessoas, centenas de artistas, e nós fomos lembrados para estar no palco principal, no Palco Mundo, representando o rock brasileiro. Acho que isso coroa, de certa forma, o trabalho que desenvolvemos ao longo desses 27 anos de banda. Estamos celebrando 20 anos do acústico, mas são 27 anos de Detonautas. É um sinal do universo, dizendo que estamos no caminho certo.

É a 4ª vez que vocês tocam no Rock in Rio, já até superou a Rihanna. Como vocês sentem essa evolução da primeira apresentação para atualmente?

Eu acho que evoluímos em todos os aspectos. Desde a organização interna da banda até a própria maturidade individual de cada integrante, inclusive a minha. A gente não parou de compor músicas, e elas se tornaram mais ricas ao longo dos anos. O Detonautas tocou no festival em 2011, mas não ficou preso aos sucessos do passado. Temos novas canções e novas formas de encarar grandes desafios.

Em 2024, o Detonautas chega com muito mais experiência em festivais e muito mais maturidade em relação às emoções. A forma de subir ao palco, de se comportar, e de lidar com o público mudou. Há uma adrenalina gigantesca que precisa ser administrada quando você entra em um festival tão grande, porque às vezes é tão intenso que você nem percebe o que está acontecendo. Se não controlar, você acaba não aproveitando como deveria.

Vou fazer uma analogia com o surfe: é como se você estivesse surfando uma onda gigantesca, de dez metros de altura, com total tranquilidade, aproveitando cada pedacinho da onda e sentindo cada momento. Acho que essa é uma experiência que só se ganha com o tempo. E é exatamente o momento que estamos vivendo agora. Estamos aproveitando e usufruindo dessas oportunidades ao máximo.

Em uma das participações do Rock in Rio, o Detonautas abordou questões sociais como prevenção ao suicídio e também políticas. Vocês pretendem abordar essas temas neste novo momento?

Eu acho que a proposta do festival é uma celebração. Viemos de uma pandemia que foi muito pesada e estamos passando por um momento de transição política no mundo, não só no Brasil, o que tem trazido muitas turbulências em diversos países.

Acredito que existem momentos em que você precisa falar sobre esses assuntos, e outros em que é necessário apenas se divertir e entreter. É importante permitir que as pessoas possam se divertir sem necessariamente estarem conectadas ou engajadas em alguma causa, desde que haja o espaço adequado para isso.

Sem dúvida, essa é uma grande virtude que o Detonautas alcançou com a maturidade: entender qual é o momento de cada coisa. Saber quando é o momento de falar sobre algo importante e quando é o momento apenas de entreter. Identificar esses momentos é primordial para que o show seja bem aproveitado. Se você aborda um tema na hora errada, acaba não atingindo o objetivo, e nem consegue o engajamento necessário. Por isso, equilibrar esses dois lados — o entretenimento e o engajamento com questões sociais importantes — é fundamental para alcançar sucesso em ambos.

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Qual artista você mais quer ver no festival nos outros dias?

No dia 21, eu gosto de ver coisas que me surpreendam no Rock in Rio, algo que talvez eu não tivesse a oportunidade de assistir, ou nem sequer pensasse em ver. Por exemplo, no dia 22, vai ter a Mariah Carey, né? Ela é um ícone, uma diva pop gigantesca. Eu não sei se, em outra oportunidade, eu sairia de casa para assistir a um show da Mariah Carey. Mas tenho certeza de que essa é uma oportunidade única de vê-la ao vivo no Rock in Rio.

Assistir à Mariah Carey é ter contato com uma estrela mundial da música, o que, sem dúvida, vai me agregar muito, emocionalmente falando também, porque, afinal, todo mundo já escutou Mariah em algum momento, né? Essas são as experiências que o Rock in Rio proporciona. Às vezes, você não pensa em ir a um show de um artista internacional que passa pelo país, mas, no festival, você acaba ganhando essa oportunidade, e isso se torna algo de um valor imensurável. Imagina assistir à Mariah Carey no Rock in Rio!

 

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