O grupo de K-pop ITZY lançou recentemente o projeto GOLD. Para Yeji, Lia, Ryujin, Chaeryeong e Yuna, a ideia de “ser diferente” não é uma afirmação qualquer, mas uma postura desafiadora de abraçar quem você realmente é e a busca pelo amor próprio.
No início de 2019, o ITZY surgiu na indústria com “달라달라 (DALLA DALLA),” o single principal de seu projeto de estreia, It’z Different. O quinteto ganhou todos os prêmios de Artista Revelação durante a temporada de premiações do K-pop, personificando o empoderamento que caracteriza a música dos grupos femininos da quarta geração.
O ITZY é conhecido por suas coreografias, que são enérgicas e precisas com um carisma inigualável. No MAMA Awards de 2021, elas dominaram o palco para performar “LOCO.” Essa apresentação marcou a transição delas para um dos maiores nomes do K-pop.
ITZY e as histórias por trás de ‘GOLD’
Mas a jornada do ITZY não foi sem desafios. Em setembro de 2023, Lia foi diagnosticada com “tensão e ansiedade extremas” e precisou se afastar para recuperação. O grupo continuou como quarteto e, no início de 2024, lançou seu oitavo EP, Born To Be. O ITZY também embarcou em sua segunda turnê mundial, começando com dois shows consecutivos no Jamsil Indoor Stadium em Seul, onde Lia apareceu na plateia e foi recebida de braços abertos pelo grupo.
É por isso que GOLD, lançado em 15 de outubro, inaugura um novo capítulo e celebra o retorno de Lia. O álbum conta com dois singles principais, “GOLD” e “Imaginary Friend,” enquanto faixas como “Supernatural” e “Bad Girls R Us” exploram novos sons. A segunda parte do projeto inclui cinco músicas de Born To Be: “Mr. Vampire,” “Untouchable,” “Born To Be,” “Dynamite” e “Escalator”, que foram regravadas para incluir a voz de Lia.
Acima de tudo, GOLD reafirma a união do grupo. “Tiramos um tempo para nos encontramos enquanto preparávamos este álbum e conversávamos” diz Yeji via Zoom de Seul. “Esses momentos foram quando nos aproximamos muito mais, [e foi] muito especial.” Em uma entrevista ao Grammy News, as meninas contaram sobre o processo de produção do álbum:
No trailer conceitual, cada integrante encarna um personagem diferente em um cenário único, mas a mensagem final, “Nosso Mundo Ainda é Diferente”, as une. Por que vocês acham importante destacar o conceito de ser autenticamente quem vocês são?
Yuna: Faz um tempo desde que voltamos como cinco integrantes, e realmente queremos mostrar ao público que nossa amizade é sempre única e divertida. Acho que os elementos-chave [do nosso grupo] são respeito e consideração, e esses atos construíram confiança — criando um vínculo mais forte e profundo.
Lia: A mensagem do nosso debut não mudou. Sempre foi a mesma, mas com temas e perspectivas [diversas] em cada comeback. Apenas achamos que era um bom momento, juntas como cinco, para lembrar essa mensagem [de ser diferente]. Ainda sentimos o mesmo de cinco ou seis anos atrás, e continuaremos a espalhá-la.
Qual música do novo álbum vocês acreditam que melhor reflete essa crença central, e de que maneiras ela se conecta com sua individualidade?
Yeji: Acredito que a faixa-título “GOLD” representa melhor nossa individualidade, especialmente porque transmite a mensagem de como brilhamos mais quando estamos juntas e como nosso mundo muda depois de “te conhecer.” Queríamos retratar esse sentimento para [nossos fãs], MIDZY, e também como simplesmente brilhamos comparando isso ao ouro.
Chaeryeong: Realmente queremos mostrar lados muito diferentes de nós. Quero mostrar que o ITZY é um grupo que pode expressar todo tipo de sentimento.
No passado, eu costumava abordar as coisas com a mentalidade de “Vamos fazer bem o que criamos”, mas agora, dependendo do palco, faço o que criei enquanto também expresso o que sinto no momento. Pessoalmente, me sinto mais conectada com “Imaginary Friend.”
O contraste entre “GOLD” e “Imaginary Friend” é marcante. Qual música foi a mais difícil de gravar, mas deixou vocês mais orgulhosas? E quais aspectos tornaram a experiência tão desafiadora?
Yeji: Eu diria que foi “Imaginary Friend,” e eu estava um pouco preocupada [inicialmente]. Nunca cantamos uma música que fosse tão sonhadora e fantasiosa antes, então a vibe da faixa em si parecia um desafio para nós. Mas, à medida que passávamos por isso, percebi que não era que não podíamos fazer — era apenas que ainda não tínhamos tentado. Foi uma sessão de gravação em que redescobri as vozes e talentos das integrantes.
Ryujin: Acho que “GOLD” foi um pouco mais difícil porque tínhamos que mostrar aquele [clima] que ouvimos na original [demo]. Senti que a música era selvagem, mas juvenil, vibrante, mas ainda assim densa, então me preparei para a gravação analisando ainda mais a pronúncia, tentando entender quais partes me davam essa sensação.
Com uma música chamada “Bad Girls R Us,” os ouvintes podem esperar uma instrumental pesada, mas, em vez disso, encontramos uma composição dinâmica. Quais foram as impressões iniciais de vocês sobre essa composição, e como o ITZY está redefinindo ou expandindo o conceito de “Bad Girl” ao misturar esse som equilibrado com um título ousado?
Lia: É uma das faixas que mais ouço deste álbum, mesmo antes de ser lançado. Quando você coloca seus fones de ouvido e escuta, se sente muito má, mas poderosa. [Risos]. Os ouvintes também podem entrar nesse personagem, e pensei que seria uma música divertida para performar em um show no futuro.
Ryujin: Eu adoro uma música com sons mínimos, e “Bad Girls R Us” é um bom exemplo, então é minha música favorita [deste álbum]. Me esforcei bastante para tornar essa música mais cativante, e amo os resultados. A “bad girl” nesta música tem mais a ver com uma vibe legal.
“Supernatural” é composta por belas melodias e parece uma jornada pelo paraíso. Quais emoções surgiram para vocês no estúdio? Ou quais experiências pessoais inspiraram suas expressões criativas nesta música?
Chaeryeong: Queria retratar que sou um anjo. [Risos]. Achei que soaria ainda mais bonito se misturássemos mais suspiros, dando uma vibe mística e nostálgica. Foi fascinante receber uma música tão etérea e emocional, e eu a amei assim que a ouvi!
Em “FIVE,” como a mensagem da música ressoa com onde vocês estão agora como grupo? Há uma letra em particular que tem um significado especial para vocês e que gostariam que os ouvintes prestassem atenção?
Yeji: Sinto que esta música captura o fato de que o ITZY brilha mais quando somos cinco. Não éramos perfeitas desde o início, mas, com o tempo, rimos, choramos e crescemos juntas, tornando o número cinco ainda mais significativo.
Ryujin: Como as letras carregam o significado de que nós cinco somos mais perfeitas juntas, acho que o MIDZY, que esperou pelo nosso retorno completo, vai se identificar mais. A parte “But nothing is better than five” parece capturar melhor a mensagem da música.
“VAY” se destaca por sua colaboração com Changbin do Stray Kids, que é conhecido por seu estilo de rap intenso. Como vocês descreveriam a dinâmica com ele durante o processo de gravação?
Lia: Foi uma experiência muito agradável. [Changbin] conhece nossa voz e nosso estilo muito bem, então foi fácil fazer essa música com ele. Como a colaboração foi muito natural, pudemos focar em criar a melhor música possível.
Lia, de todas as músicas que o grupo regravou de Born To Be, qual você ficou mais animada para trabalhar e por quê?
Lia: É difícil escolher uma, porque o álbum anterior tinha diferentes estilos de músicas, e todas eram muito boas. Uma das minhas músicas favoritas foi “Escalator”, porque quando eu estava no show, achei muito legal e incrível. É uma música sofisticada, no estilo que eu gosto.
Por fim, você poderia nos contar um objetivo pessoal que espera alcançar durante essa era?
Yuna: A coreografia de “GOLD” é muito poderosa, então, durante as nossas performances, quero que a gente faça tudo de forma segura e bem feita. Eu planejo alongar-me constantemente e fazer tratamentos com meu médico.
Yeji: Complementando a resposta da Yuna, eu quero mostrar o ITZY de forma mais clara, como um time, para um público muito maior. E para o MIDZY, quero dizer muito obrigada por esperar por nós. Vamos aproveitar muito essa [fase promocional].