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ENTREVISTA: Valesca Popozuda fala sobre parceria com Dennis DJ e próximos projetos

Uma das precursoras do funk no início dos anos 2000, Valesca Popozuda continua no auge e acaba de lançar uma parceria com Dennis DJ. “Eu Vou Pro Baile Tacar” chega as plataformas digitais nesta sexta-feira (20), e claro, está em nossa lista de lançamentos da semana.

Batemos um papo com Valesca e foram abordados diversos assuntos. Seu novo trabalho vem com a sonoridade dos seus tempos da Gaiola das Popozudas, e pra ela, foi importante resgatar esse som. “Com “Tá Ok” você viu um grupo de pessoas que estava carente de músicas nesse estilo e se divertiu ao som do pancadão e um grupo mais novo que não pegou essa fase e estava descobrindo e se apaixonando pela primeira vez”, disse a cantora.

Em 2023, um de seus grandes sucesso, “Beijinho no Ombro” completa 10 anos e ela classifica como um grande divisor de águas em sua carreira. E para o próximo ano, ela está cheio de planos. Confira!

Primeiramente, como surgiu a parceria entre você e Dennis DJ para a música “Eu Vou Pro Baile Tacar”? E qual foi a inspiração por trás dessa colaboração?

O Dennis é um parceiro incrível. Nós começamos juntos em torno do mesmo período. Eu na Gaiola e ele como produtor. Naquela época não existia muito essa moda de fazer feat, ainda mais com DJ. Eles assinavam as produções, mas não se lançavam como artistas fonográficos, demorou um pouco até para o Dennis tomar esse lugar de protagonismo, então infelizmente nunca trabalhamos juntos antes. Depois de “Tá Ok”, que é um fenômeno, ele falou que estava com essa pegada de resgatar o funk das antigas e eu sou super dessa vibe, do batidão carioca raiz. Então o casamento foi perfeito.

“Eu Vou Pro Baile Tacar” traz uma clara influência do funk carioca raiz dos anos 2000. Como foi para você resgatar essa sonoridade única da época e trazê-la para o cenário musical atual?

Foi uma delícia. Eu gosto muito desse estilo de funk e acho que as pessoas estão nessa pegada da nostalgia. Com “Tá Ok” você viu um grupo de pessoas que estava carente de músicas nesse estilo e se divertiu ao som do pancadão e um grupo mais novo que não pegou essa fase e estava descobrindo e se apaixonando pela primeira vez. Então fazer esse funk carioca raiz mais uma vez foi muito maneiro.

O clipe da música apresenta referências à época da Gaiola das Popozudas, grupo do qual você fez parte nos anos 2000. Como foi recriar esse ambiente e estilo no vídeo?

É uma música bem baile de favela das antigas, né? A gente quis ter essa vibe no clipe, que remetesse a essa época com as roupas, o set e, principalmente, a gaiola presente no clipe. Eu não consigo ver uma gaiola que já quero voltar hahaha

Além do funk carioca, você teve lançamentos com influências do Axé, que foi “Popo Girando”, feat com o Psirico. Você deseja lançar algum dia, uma música com outro ritmo?

Tem um povo que acha que funkeiro só pode cantar funk, que sambista só pode cantar samba, que rapper só pode fazer rap e por aí vai. Eu acho que artista é artista e artista pode fazer o que quiser. Se for só funk, que seja, se for mais estilos, é bem-vindo também. Eu sou super eclética. Adoro e escuto todo tipo de música. Já fiz pagodão-baiano com o Psirico, já fiz pagode romântico com o Mr. Catra, já fiz Pop, já fiz um monte de coisa. Eu tenho muita vontade agora de fazer um trap. É um estilo que eu escuto bastante. O meu maior sonho atual na verdade é participar de um Poesia Acústica.

Em 2023, “Beijinho no Ombro”, um dos seus maiores sucessos, completou 10 anos. O que esse hit representa na sua carreira?

“Beijinho No Ombro” foi um divisor de águas da minha vida. Ela mudou completamente depois do estouro que foi essa música. Eu já era uma pessoa conhecida, estabelecida, mas eu digo que meu público até “Beijinho” era de A até M, depois foi de A até Z. Todo Brasil soube quem era Valesca Popozuda, tive oportunidade de cantar essa música em todos os programas de TV na época, eu conquistei a família toda, da criança até o idoso, então “Beijinho No Ombro” foi uma música que abriu portas para mim que estão abertas até hoje. Uma música muito mágica.

2023 foi um ano repleto de novidades para você. Muita música, você apresentou na posse do Lula. O que podemos esperar para 2024, que já está quase chegando?

De início temos o carnaval vindo aí. Eu retorno com o meu projeto “Carnavalesca” que já é um sucesso no Rio de Janeiro, graças a Deus. E também temos algo muito especial, meu retorno ao carnaval carioca como musa da Porto da Pedra, escola que eu já fui rainha. E espero poder gravar meu primeiro DVD também em 2024.

Fotografia por Felipe Braga

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